Hoje vamos falar sobre o vicio de culpar. Eu atendi um cliente, vamos chamá-lo de Pedro. Ele chegou até mim com um problema que, à primeira vista, parecia ser o caos em sua vida. Ele dizia que a esposa não o apoiava em suas decisões de carreira, que o trânsito da cidade era o responsável por ele chegar sempre atrasado e que o chefe não reconhecia o seu esforço, e por isso ele nunca era promovido. No fundo, a frustração era tão grande que ele já cogitava largar o emprego e, talvez, até o casamento.
O dedo de Pedro estava sempre apontado para fora. Mas, como coach, meu trabalho é olhar para o outro lado do espelho. O que descobri é que o verdadeiro problema de Pedro não era a esposa, o trânsito ou o chefe. Era a sua profunda autocrítica. Ele se sentia um fracasso por não ter a carreira dos sonhos e, em vez de assumir essa responsabilidade, ele projetava a culpa nos outros para fugir da dor de se julgar.
A dependência de culpar os outros é um atalho perigoso. Ela te dá a sensação de alívio momentâneo, mas a longo prazo, te rouba o poder de mudar. Pedro só conseguiu se libertar quando entendeu que o seu vício em culpar era, na verdade, um reflexo do quanto ele se culpava.
Os 6 Passos Para Sair da Dependência da Culpa e Assumir o Controle da Sua Vida
O caminho para a responsabilidade pessoal não é fácil, mas é o único que te leva à liberdade. Eu guiei Pedro através dos seguintes passos, e você pode fazer o mesmo.
1. Preste atenção aos seus sentimentos
Pedro começou a notar as emoções que o assombravam: a raiva que sentia no trânsito, a frustração com o chefe e a tristeza em casa. Em vez de ignorar esses sentimentos, ele aprendeu a reconhecê-los como um alarme de que algo precisava ser trabalhado internamente.
2. Olhe para a causa da dor
Quando sentia uma emoção ruim, ele se perguntava: “O que estou me dizendo que está me causando essa dor?”. Foi nesse momento que ele percebeu a voz interna: “Eu não sou um bom profissional”, “Eu não sou um bom marido”, “Eu deveria ser mais bem-sucedido”. Era uma mentira que ele contava a si mesmo.
3. Pare de se autossabotar
Pedro identificou que a sua autocrítica era uma tentativa desesperada de se forçar a ser “perfeito”. Ele pensava que, se fosse duro o suficiente consigo mesmo, ele evitaria falhas. Mas descobriu que essa estratégia só o paralisava e o impedia de assumir riscos.
4. Descubra a verdade
Ao questionar a voz interna, Pedro começou a buscar a sua própria verdade. Ele se perguntava: “Qual é a verdade sobre mim? O que é real?”. E a resposta que encontrou era: “Eu sou um ser humano em constante aprendizado, e os meus erros são parte do processo de crescimento.”
5. Mude o seu pensamento agora
Pedro começou a substituir a mentira pela verdade. Em vez de pensar “Eu sou um fracasso”, ele pensava “Estou no caminho certo, aprendendo e evoluindo”. Ao mudar o pensamento, ele mudou a sua atitude e suas ações.
6. Observe a diferença
Com a mudança de pensamento, Pedro começou a sentir uma nova sensação: paz interior. Ele notou que a raiva e a frustração diminuíram e que ele não precisava mais culpar os outros. Ele não era mais uma vítima, mas sim o protagonista da sua história.
A sua vida é a sua obra-prima. Se você passa o tempo todo culpando a tinta, o pincel ou a tela, como espera pintar algo belo? Estar consciente de que o vício de culpar os outros é um sinal de alerta você está pronto para assumir o poder sobre a sua própria vida. E se você não o fizer, quem o fará?




